Inquérito sugere que a China não é apenas o maior fabricante, mas também o maior vendedor de falsificações

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abril 20, 2022

O ScamAdviser.com realizou um inquérito a 1494 consumidores de todo o mundo, perguntando-lhes por que razão compram produtos falsificados e como podem evitar comprar produtos falsificados.

Embora todos os grupos de rendimento, categorias educativas, níveis etários e continentes estejam representados, é interessante notar que a maioria dos participantes são homens (67%). Esta tendência é idêntica à do inquérito do ano anterior, em que 65% dos participantes eram homens, o que sugere que os homens podem estar a comprar mais contrafacções do que geralmente se pensa.

Estima-se que os produtos de contrafação excedam os 500 mil milhões de dólares por ano

Segundo a OCDE, 3,3% do comércio mundial corresponde atualmente ao comércio de produtos de contrafação. O calçado representa quase um quarto das mercadorias apreendidas em todo o mundo, o que faz dele o produto mais popular copiado pelos contrafactores. Mas também vestuário e acessórios, artigos de couro, perfumes, dispositivos electrónicos e relógios.

69% dizem ser bons a identificar as contrafacções

A maioria dos consumidores (69%) considera-se capaz de identificar as contrafacções. Este é especialmente o caso do Vestuário, Acessórios e Eletrónica de Consumo. Apenas 10% admitem não ser capazes de identificar as contrafacções. 45% dos consumidores duvidam da sua capacidade de reconhecer medicamentos e brinquedos falsos, enquanto 23% afirmam ter problemas com todas as categorias.

92% dos consumidores já compraram produtos contrafeitos

Ainda assim, 70% dos consumidores já compraram um produto contrafeito no passado sem o saberem ou duvidando da originalidade do produto. 21% admitem ter comprado produtos contrafeitos com conhecimento de causa. O vestuário, a eletrónica e os acessórios são os produtos falsificados mais frequentemente adquiridos.

Os sítios Web, e não os mercados, são o principal canal de compra

Nos últimos anos, as agências de proteção das marcas passaram a centrar-se nos mercados em linha. No entanto, é notável que os sítios Web (41%) sejam, de longe, o canal mais popular para comprar contrafacções. Este canal é seguido por mercados em linha como a Amazon, o eBay e o Alibaba (32%).

Os sítios das redes sociais são referidos por 28% dos consumidores e 22% compram contrafacções em lojas físicas. Os mercados e as lojas físicas estão a perder popularidade lentamente, enquanto a compra direta através das redes sociais está a aumentar (mas ainda não tanto como nos sítios Web).

39% pensam que as falsificações são vendidas diretamente da China

Quando lhes foi pedido que indicassem o país de origem dos produtos de contrafação, 39% dos consumidores indicaram a China. Seguiram-se, surpreendentemente, os Estados Unidos (9%) e a Índia (6%).

De acordo com um relatório da OCDE, a maioria das mercadorias falsas detectadas em controlos aduaneiros tem origem na China continental e em Hong Kong. Outros pontos de origem importantes incluem os Emirados Árabes Unidos, a Turquia, Singapura, a Tailândia e a Índia. No entanto, um grande número de consumidores nomeou os seus próprios países, o que indica que estão a ser levados a acreditar que os produtos falsificados que compram são originários dos seus próprios países.

Os consumidores são dissuadidos pelo medo e não pela ética

Os consumidores compram produtos de contrafação principalmente porque acreditam que não haverá uma diferença significativa na qualidade (16%). A acessibilidade dos preços (16%) é igualmente uma das principais motivações para a compra de produtos falsificados e o sentimento de que a marca verdadeira é demasiado cara (12%) é também referido.

Os consumidores estão conscientes de que as contrafacções apoiam o crime e a exploração humana. No entanto, o que mais impediria os consumidores de comprarem contrafacções é a preocupação com a qualidade do produto (42%) e a convicção de que comprar contrafacções em linha não é seguro, uma vez que os seus dados (financeiros) podem ser utilizados indevidamente (38%) e o produto não ser entregue (32%).

No que diz respeito à luta contra a contrafação, os consumidores consideram que a liderança deve ser assumida pelas agências de defesa do consumidor (49%) e não por autoridades internacionais como a Europol/Interpol (25%) e a UE/ONU (24%).

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